Plano B na Medicina depois da pandemia

“Plano B na medicina” deixou de ser opção e virou, para muitos, questão de sobrevivência profissional.

Pois se a pandemia deixou uma coisa muito clara para os médicos foi: não dá mais pra depender de um único caminho na carreira.

A forma de fazer medicina mudou. Mudou tanto que, cá entre nós, 2020 parece ter durado uns 5 anos (e olha… talvez tenha mesmo, se formos contar a quantidade de mudanças que vieram junto).

Se antes a carreira médica seguia aquele roteiro clássico — consultório, plantão, hospital, convênios —, a pandemia deu uma chacoalhada tão grande nesse roteiro que obrigou todo mundo a repensar modelo de negócio, formas de atendimento e até a própria relação com a medicina.

E não pense que isso vai embora com a vacina, não. Tem coisa que veio para ficar. 

O que mudou na medicina depois da pandemia?

A lista é longa. E, olha, nem precisa ser futurista para perceber que a medicina de agora não se parece mais em nada com a de 2019.

Quer alguns exemplos bem práticos?

  • A telemedicina saiu do status de “talvez um dia” e virou realidade.
  • Prontuário eletrônico, prescrição digital e atendimento remoto se tornaram rotina.
  • O paciente aprendeu a pedir exame, consulta e até vacina sem sair de casa.
  • A biossegurança virou pauta prioritária, e isso não vai mudar.
  • Cresceu a procura por medicina integrativa, qualidade de vida e alimentação saudável.
  • A educação médica online se consolidou de vez — cursos, mentorias e congressos migraram para o digital.
  • A neuroarquitetura ganhou espaço: consultórios agora são desenhados para gerar bem-estar, conforto e segurança.
  • O paciente ficou mais exigente, mais digital e muito mais empoderado.
  • A busca por personalização de tratamentos se intensificou (e quem não se adaptar, fica para trás).
  • E, claro, o médico precisou olhar para a carreira como um negócio. Como uma empresa. Como um projeto de vida que precisa ser gerenciado com estratégia.

A medicina mudou. E o marketing médico também.

Junto com a transformação na prática médica, o marketing médico precisou acelerar e evoluir.

Se antes dava para sobreviver no digital com aquele feed bonitinho, umas frases motivacionais e uma selfie no consultório, hoje isso não gera nem cócegas no algoritmo — muito menos no paciente.

O que funciona agora é:

  • Médico real. Médico que mostra bastidor, que compartilha jornada, que fala dos desafios, das dúvidas e das conquistas.
  • A ascensão dos pequenos influenciadores médicos — profissionais que geram conteúdo de valor, que educam, que se posicionam de forma ética e transparente.
  • A queda (e o cancelamento) dos falsos experts, dos que prometem o que não podem entregar.
  • O reinado do ao vivo: lives, stories, webinários, reuniões no Zoom, encontros no Teams — tudo isso virou parte da rotina.
  • Uma busca crescente por comunicação autêntica, humanizada, que gere conexão real com o paciente.

Plano B na Medicina: tendência ou necessidade?

A resposta? Necessidade absoluta.

Se você ainda acha que empreender na medicina é coisa de quem “não deu certo no consultório”, sinto te dizer… essa mentalidade ficou lá em 2019.

A live do projeto #GoDigitalDoctor, que conduzi com tanto carinho, foi justamente sobre isso: o impacto da pandemia na carreira médica e a importância de desenvolver um plano B na medicina.

E pra essa conversa ser real, honesta e pé no chão, convidei ninguém menos que o Dr. Gustavo Condi, cirurgião, empreendedor, disruptivo — e, olha, com uma história que é aula pura.

A história do Dr. Gustavo: como ele construiu seu plano B na medicina

Gustavo, no auge da pandemia, viu os centros cirúrgicos fecharem, os procedimentos eletivos sumirem da agenda e o consultório esvaziar.

O que ele fez? Sentou, chorou e ficou esperando tudo passar? Não.

Ele se uniu a colegas cirurgiões e, juntos, lançaram um curso online voltado para cirurgiões.

Sim, curso online. Medicina no digital. E deu certo? Deu MUITO certo.

Eles entenderam que a formação tradicional, embora excelente na técnica, deixava lacunas gigantes na prática do dia a dia. E criaram um curso que entrega exatamente aquilo que a residência não ensina.

E, olha, Gustavo não é exceção. Ele é exemplo de uma tendência clara: médicos empreendendo, criando produtos, serviços, consultorias, mentorias, clínicas conceito, projetos digitais e até startups.

Quais são os caminhos do plano B na medicina hoje?

Se você acha que plano B é só abrir mais um consultório, segura essa lista aqui:

  1. Cursos online e mentorias para médicos.
  2. Consultorias e serviços especializados em saúde.
  3. Clínicas conceito, voltadas para nichos específicos.
  4. Produtos digitais: e-books, guias, checklists, protocolos.
  5. Startups de tecnologia em saúde (healthtechs).
  6. Programas de acompanhamento remoto e telemonitoramento.
  7. Criação de comunidades de pacientes ou profissionais.
  8. Conteúdo pago em plataformas digitais (como Patreon ou Hotmart).
  9. Parcerias estratégicas com outras empresas de saúde, bem-estar ou estética.
  10. Investimento em procedimentos de alto valor agregado, que não dependem de convênio nem de volume absurdo.

Mas, atenção: plano B não é plano improvisado.

Ter um plano B na medicina não é sair fazendo qualquer coisa. Não é virar blogueiro, nem coach, nem abandonar o consultório (a não ser que você queira, claro).

É sobre ampliar horizontes. Diversificar fontes de renda. Fortalecer sua carreira. Criar algo que esteja alinhado com seu propósito, sua especialidade e sua visão de futuro.

E, para isso, planejamento é tudo.

Conclusão

Quem não se adapta, desaparece.

A pandemia não inventou essa regra. Ela só acelerou.

Se antes dava para sobreviver na medicina fazendo “o básico”, hoje isso não sustenta mais uma carreira — e nem a saúde mental do médico.

Plano B na medicina não é luxo. É segurança. É estratégia. É liberdade.

E se você quer trilhar esse caminho com clareza, ética e alinhamento, eu posso te ajudar. Vamos conversar?

 

 

Márcia Wirth
Personal Branding, Marketing Médico e Experiência do Paciente 

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