LGPD para médicos: preste atenção aqui!

LGPD para Médicos! Sabe aquele papo que você deixou para depois, achando que não era com você? Pois é. Chegou a hora de olhar de frente pra LGPD.

Se você é médico, tem consultório, clínica ou qualquer tipo de atendimento que envolva pacientes — sim, você lida com dados sensíveis o tempo todo.

E, cá entre nós, LGPD para médicos não é frescura. É lei. É cuidado. É proteção. É, também, uma demonstração de respeito com quem confia em você.

O tema foi pauta de uma live super rica do projeto #GoDigitalDoctor, onde conversei com a advogada Dra. Ariella Muniz, especialista em Direito Médico e coautora do e-book “LGPD Descomplicada para Profissionais de Saúde.”

Se você acha que isso é só pra grandes hospitais, prepare-se: a LGPD bateu na porta do seu consultório. E, olha… ela não vai embora. 

O que é, afinal, a LGPD?

Para traduzir de forma simples e sem juridiquês: a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é a legislação que regula como você coleta, armazena, trata e protege os dados dos seus pacientes.

Nome, CPF, telefone, exames, histórico médico, fotos, vídeos, prontuários… tudo isso é dado sensível.

E, a partir de agora, não dá mais para fingir que esses dados são “só informação de cadastro”. Eles são patrimônio do paciente — e você, médico, é responsável por protegê-los.

Por que LGPD para médicos virou assunto urgente?

Porque a pandemia acelerou tudo. A medicina ficou mais digital do que nunca:

  • Telemedicina
  • Prescrição eletrônica
  • Prontuário eletrônico
  • Atendimento via WhatsApp
  • Chatbots e automações
  • Check-up digital

E quanto mais digital, mais dados circulando. Mais responsabilidade também.

E na prática? Como a LGPD impacta o dia a dia do consultório?

Vou ser bem direta. Se você já se fez (ou deveria ter se feito) alguma dessas perguntas, você precisa desse conteúdo:

  • Será que o jeito como armazeno prontuários é seguro?
  • Preciso pedir consentimento para enviar mensagens no WhatsApp?
  • Se eu gravo uma live ou participo de um podcast, isso entra na LGPD?
  • Meus contratos com pacientes e funcionários estão protegendo meus dados e os deles?
  • Minha secretária sabe como lidar com dados sensíveis?
  • E se eu perder meu notebook ou meu celular for hackeado? O que eu faço?

Pois é… bem-vindo ao mundo real da LGPD para médicos.

O que o paciente precisa saber sobre a LGPD?

O paciente agora tem direito, garantido por lei, de saber:

  • Quais dados você coleta.
  • Por que você coleta esses dados.
  • Como esses dados são usados.
  • Com quem esses dados são compartilhados.
  • Por quanto tempo eles ficam armazenados.
  • E, claro, pode pedir a qualquer momento a exclusão ou a correção dessas informações (salvo quando o dado é obrigatório por exigência legal).

O que os funcionários da clínica precisam saber?

Tudo. Sem exagero.

Porque não adianta você, médico, fazer tudo certo e a secretária anotar dados dos pacientes num caderninho na recepção — ou pior, deixar uma ficha de cadastro aberta no balcão.

Toda a equipe precisa ser treinada sobre LGPD.

Eles precisam entender o que é dado sensível, como proteger, como não vazar, como orientar pacientes, como responder a solicitações.

E quais são as penalidades pra quem não se adequar?

Se você achava que isso era só mais uma burocracia, prepare-se:

  • Multas que podem chegar a R$ 50 milhões.
  • Bloqueio do uso dos dados.
  • Suspensão parcial das atividades.
  • E, o pior, um dano gigante na sua reputação.

Porque ninguém quer ser aquele médico que teve dados de pacientes vazados, né?

Então, Márcia, o que eu preciso fazer? Por onde começo?

Perfeito. Aqui vai o checklist prático com 6 passos essenciais para adequar seu consultório à LGPD, como foi ensinado na live com a Dra. Ariella Muniz:

  1. Mapeamento de dados.
    Levantar exatamente quais dados você coleta, de quem, por que, onde eles ficam e quem tem acesso.
  2. Desenvolvimento da política de privacidade.
    Esse documento precisa estar acessível aos pacientes, explicando como você cuida dos dados.
  3. Organização do atendimento.
    Processos como agendamento, confirmação de consulta, anamnese, retorno e envio de exames precisam ser seguros e alinhados à LGPD.
  4. Revisão dos contratos.
    Seus contratos com pacientes, fornecedores e colaboradores precisam refletir as práticas de proteção de dados.
  5. Treinamento da equipe.
    Todo mundo, sem exceção, precisa entender como funciona a LGPD na prática.
  6. Designação do encarregado de dados.
    Também chamado de DPO (Data Protection Officer). É a pessoa que vai ser responsável por garantir que a LGPD está sendo cumprida dentro do seu consultório.

LGPD não é sobre travar seu consultório. É sobre proteger.

Quando você faz a adequação da LGPD, você não tá enchendo seu dia de burocracia. Você está protegendo seu paciente, sua clínica e, principalmente, sua reputação.

E, acredite, isso é percebido. O paciente valoriza. O paciente se sente seguro.

Dúvidas que surgiram na live (e que você provavelmente tem agora também):

  • Se eu participo de uma live ou de uma sala no ClubHouse, estou infringindo a LGPD?
    Depende. Se você cita dados sensíveis de um paciente, sim. Se fala de casos clínicos sem identificação, não.
  • Posso mandar WhatsApp para paciente?
    Pode, desde que tenha consentimento claro, registrado e que o uso esteja dentro do que foi autorizado.
  • Posso enviar newsletter, SMS ou e-mail marketing?
    Mesma regra: só com consentimento explícito.
  • O paciente pode pedir para excluir o prontuário?
    Não. Prontuário é documento legal, e você é obrigado a armazenar pelo prazo determinado em lei.
  • Se eu uso software de prontuário eletrônico, preciso me preocupar?
    Sim. E precisa garantir que o fornecedor do software também esteja adequado à LGPD.

Conclusão: LGPD para médicos não é opcional. É essencial.

Se a medicina ficou mais digital, mais ágil e mais eficiente, isso vem acompanhado de um dever enorme: cuidar também dos dados dos pacientes.

E cuidar de dados é, também, uma extensão do seu cuidado médico.

Se você ainda não começou sua adequação, comece hoje. Porque amanhã pode ser tarde — e bem mais caro.

E, se quiser, eu te ajudo nesse processo.

Vamos conversar?

Márcia Wirth
Personal Branding, Marketing Médico e Experiência do Paciente 

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