Marketing combina com a atividade médica?

Médico fazendo marketing: esqueça a síndrome do impostor!

Dr. Jay Parkinson é um jovem médico do Brooklyn (NY) que, ao diagnosticar a falência do sistema de atendimento de saúde norte-americano, resolveu atacar a “doença” munido de uma dezena de ferramentas de comunicação e relacionamento on-line.

Bonito e estiloso, o especialista em medicina preventiva, com mestrado em saúde pública, já foi personagem de várias matérias explorando seu lado “fashion” e parece saber administrar sua popularidade com um bom marketing pessoal.

A receita prescrita por Dr. Parkinson e seus colegas da Hello Health, sistema que combina o conceito de médico de vizinhança com relacionamento on-line, é, além de consultas presenciais, acompanhamento do caso via e-mail, videochat, mensagens instantâneas, SMS e telefone.

Myca, a plataforma digital em que o esquema está apoiado, é, ao mesmo tempo, um aplicativo de gestão de paciente e uma rede social.

O caso midiático envolvendo o Dr. Parkinson mostra a dimensão que as novas formas de tratamento médico podem tomar.

Avanços tecnológicos e medicina sempre andaram juntos; marketing e comunicação são instrumentos importantes em qualquer ramo profissional, mas será que na área da saúde esse conjunto de fatores pode contribuir menos para o bem-estar do paciente do que para a carreira do médico?

Marketing pessoal tem a ver com o impacto causado nos públicos de interesse”, esclarece Renato Gregório, administrador, especialista em gestão de carreira médica e autor do livro Marketing Médico – criando valor para o paciente (Editora DOC, 2009).

“Os médicos têm certo preconceito com o termo, mas cada público com que eles se relacionam tem expectativas e o profissional que utiliza com inteligência os canais de comunicação certamente está em vantagem. Muitos médicos confundem, de maneira equivocada, marketing com propaganda”, afirma.

De acordo com Gregório, cada vez mais, as diversas mídias disponíveis auxiliam na relação médico-paciente, sendo aliadas na disseminação de informação e prevenção de doenças.

“Mas ainda é um grande desafio para que esse movimento se transforme em realidade. Os canais de comunicação utilizados prestam mais um serviço de orientação do que tratamento”, acredita.

“Métodos como os do Dr. Parkinson são bem aceitos pelo público final, mas não geram um impacto muito positivo em seus pares”. O bom marketing pessoal, segundo Gregório, é aquele em que o médico consegue desenvolver ações para cada um dos seus públicos.

A classe médica brasileira ainda não descobriu o poder da internet. Menos de 5% dos médicos no país possuem um website.

“Se não cultivar o relacionamento com colegas, não comunicar-se bem ou não atender ao pedido de entrevista do seu jornal de bairro, por exemplo, em qualquer eventual deslize, nenhum desses públicos irá apoiá-lo”.

FONTE: NÓS DA COMUNICAÇÃO

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